Informações

Bem, o MOO possui uma dúzia de complexas definições e conceitos, mas resumindo ele pode ser descrito como uma realidade virtual multi-usuário baseada em texto.
Ele é um programa que roda em máquinas Unix (em geral). O MOO original é o LambdaMOO, e foi desenvolvido por Pavel Curtis do Centro de Pesquisas da Xerox em Palo Alto, Califórnia, a partir de um programa básico de Stephen White da Universidade de Waterloo, ele está rodando desde 1990.

O Programa principal do MOO é chamado “server”, ele lida com instruções como entrada/saída entre a Internet e o MOO, e com o que você digita, e só. O fonte do programa do server está disponível em http://sourceforge.net/projects/lambdamoo, ele foi portado para um grande número de sistemas como Linux, Windows e Amiga Unix.

Outra função do server é compilar e rodar programas (chamados “verbs”) escritos dentro do MOO em uma linguagem chamada MOO, que é uma mistura de C++ e LISP, essa linguagem é bem documentada, mas esse documento não é animador para usuários novatos.

Se o server é o coração do MOO, uma database gigante, chamada “core”, é o cérebro. Inicialmente vazia, ela define os objetos básicos como $thing (objeto genérico, no qual todos os outros objetos são baseados) e $prog(programador genérico, um player com capacidade de adicionar mais coisas no MOO). Quanto mais os players criam novas salas e objetos o “core” fica maior. A database inicial está disponível em moo.mud.org.

Moo é um ambiente multi-usuário orientado a objetos em modo texto, isso quer dizer que ele é parecido com os populares IRCs (chats), mas sua capacidade de programação é muito mais evoluída, além de permitir uma variedade muito maior de possibilidades e interação entre players.

Uma “típica” seção de MOO em execução.

História

O Science and Fiction MOO surgiu de uma idéia do Mestre dos Magos, que na época fazia Engenharia na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Em 1995 ele conseguiu com o CPD permissão para colocar o MOO no servidor esfinge.cpd.ufsm.br.
Durante esta época muitas pessoas começaram a conectar no MOO, principalmente da área de Engenharia, no saudoso Núcleo Setorial de Informática (NSI) no Centro de Tecnologia (CT), o MOO então estava sob a coordenação do Mestre dos Magos e do Conan. Esta foi a era de ouro, todos construindo e programando e tornando o Sci-Fi o maior MOO do Brasil.
Mas infelizmente, um problema técnico fez com que por a database do Sci-Fi se perdesse, todos os players tinham que ser recriados, o mesmo valendo para objetos e verbos, sem dúvida um grande trabalho. Quando tudo parecia em ordem, com a maioria dos players de volta, uma segunda perda de database aconteceu. Desta vez o golpe foi forte, a maioria dos players migrou para o CPDEE abandonado o Sci-Fi. Apesar dos esforços dos Wizard que se seguiram o Sci-Fi jamais recuperou o crédito e grande número de participantes que teve antes da perda de dados.
Isso ocasionou uma transformação no Sci-Fi, pode-se dizer que os players que ainda conectam nele, são mais voltados para a programação e saudosismo do que para a conversação. Sendo assim o Sci-Fi tornou-se um laboratório para experiências de novas tecnologias e idéias.
Recentemente Bart e Japah juntaram-se em um interessante projeto, criar no Sci-Fi uma área destinada a RPG, mais especificamente Dungeons & Dragons. O sistema que está sendo elaborado é similar ao do CircleMUD, pois é um sistema já bastante difundido e fácil de ser usado. Isso pode causar uma grande transformação no MOO, e através do RPG, trazer de volta aqueles players que deixaram o MOO a muito tempo.
Além disso vários verbos de proteção aos players foram adicionados, pois uma das grandes reclamações dos players que abandonaram o Sci-Fi era a falta de proteção contra movimentação de players por terceiros, shouts de todo o tipo, spams, etc.
A história do Sci-Fi vista deste ponto, mostra o quanto o presente deste MOO é triste, quase abandonado por aqueles que um dia o prezaram. Mas felizmente existem alguns trabalhando para não deixar que o MOO Gaúcho deixe de existir.

Iuri Fiedoruk, aka Bart Simpson, atual Wizard e mantenedor do Sci-Fi MOO.

Depoimentos

  1. Como você conheceu o MOO?
  2. Qual a sua lembrança mais engraçada daqueles tempos?
  3. Que grande ajuda o MOO proporcionou a sua vida?
  4. O que faria você voltar a usar um MOO hoje em dia?

Hyoga:

  1. Eu sempre conheci o Moo, isso já existiu e voltará a existir.
  2. O Nego Thanos pedindo os emails dos professores da PUCRS pra fazer seconds no Moo e quando o mesmo abriu a foto da Pandora.
  3. Ajudou e acabar minha facul em quase 8 anos quando podia fazer em 5 anos.
  4. Um endereço válido, um software de telnet que de pra usar backspace e pelo menos um boot pra mim conversar.

Perry Rhodan:

  1. pelo pessoal do vortex, com quem eu falava pelo “talk” e pelo “phone”
  2. o madmax argumentando que homem tambem pode fingir orgasmo (em alguma lista), e os outros especulando como (coloca maionese na camisinha?)
  3. NA
  4. NA

Bart:

  1. meu irmão (deckard) me mostrou e disse que era a coisa mais louca do mundo
  2. no moorrasco de sta maria quando o pessoal de poa desembarcou, o akira e o lobomau começaram a se bater que nem cachorro-louco
  3. descobri que programar era mil vezes melhor que ser engenheiro. se o hyoga demorou pra terminar, eu larguei a faculdade, e fui fazer uma que prestasse pra algo na vida. hoje trabalho pra HP e ainda ganho bem pra isso.
  4. só precisa um convite, nem que seja para entrar e ler mensagens na *moosoc